Pilhas, autoritarismo e aversão ao risco
“Manda quem pode, obedece quem tem juízo.”
Pilhas são recursos de acumulação temporária. Para o prof
Castrucci, são sintomas de ineficiência de uma forma geral e respondem pela
baixa produtividade da burocracia em particular (Folha 01/05/2013). ver: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/05/1271516-plinio-castrucci-as-pilhas-esses-sintomas-da-ineficiencia.shtml
Todavia,
pilhas são também recursos organizacionais inevitáveis, quando as contingências
se resolvem em sistemas autoritários, refratários à inovação e justificados na
aversão aos riscos.
No artigo citado, foi lembrada a prática toyotista, onde o
aumento da produção passou a operar sob estoques mínimos, graças à produção
compassada dos fornecedores (“just in time”). O exemplo numérico mostrou como a
produtividade global na burocracia pode se elevar, graças ao fluxo imediato de
processos, sem pilhas intermediárias.
Operar sem pilhas ou reservatórios é uma opção sempre
atraente e traduz lógica perfeita quando se faz uso de um pressuposto
fundamental, ignorar as “flutuações aleatórias”, como o fez o prof.
Castrucci.
Ocorre que as contingências fazem parte do mundo, natural ou
construído. Ignorá-las, pressupondo a exclusão das incertezas, é a receita
certa para os desastres. Os fatos nem sempre seguem nossas premissas. Admitir a
possibilidade da incerteza nas suas circunstâncias permite expor o risco e
promove processos de decisão inovadores (...) [ver artigo completo em https://docs.google.com/file/d/0B6vy1gMmjvKnSTRRbnBPSHp5M1U/edit?usp=sharing ]